Diferentemente dos outros tipos de resíduos, o aço não tem como destino aterros ou lixões.
O aço é um dos metais mais antigos da civilização humana e a sua reciclagem é igualmente remota. No império romano, os soldados encaminhavam os instrumentos de guerra deixados nas trincheiras para a produção de novos aparatos.
Mais recentemente, temos os ferros-velhos, que todo mundo conhece e lembra deles desde a infância. O ferro-velho e os sucateiros são responsáveis pelo recebimento e destinação correta do aço. Na outra ponta está a usina, que usa toda a sucata para fabricar aço novo.
Essa estrutura é tão organizada que não existe um setor dentro da siderurgia para a reciclagem do aço. Aço novo e usado se mistura em harmonia, em ligas cada vez mais poderosas e eficientes.
Como ficou óbvio, aço é 100% reciclável. Sua sucata pode ser transformada infinitas vezes em um novo aço sem perda de qualidade. O metal pode ser fabricado a partir da combinação minério de ferro e carvão, aquecidos em alto-forno, ou por meio da reciclagem da sucata de aço, feita em forno elétrico.
O uso da sucata na fabricação de aço reduz os impactos ambientais. Na reciclagem, o consumo de energia elétrica chega a ser 80% menor. “Sendo o material reciclado quimicamente próximo dos materiais de seu ciclo comum, eles consomem menos energia e provocam um menor impacto ambiental”, relata José Antônio Costa Perez, doutor em Geociências e Meio Ambiente.
O processo de reciclagem também ajuda na preservação dos recursos naturais, pois evita a extração de matéria-prima, o que reduz ainda as emissões de CO2.
Atualmente, o aço é o material mais reciclado do mundo, declara Cristina Yuan, do Instituto Aço Brasil. Contudo, não existem ações governamentais nesse sentido. A adoção de medidas de estímulo, como deduções fiscais e políticas para renovação da frota de veículos e para o descarte adequado de eletrodomésticos (usando os produtos velhos a base de troca por novos) seriam muito bem vindas.
Fonte: Revista do Aço